quarta-feira, 18 de agosto de 2010

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"Nesse mundo, a gente tem que ser feliz nem que seja por vingança",

Jiddu Saldanha, figuraça (fotografado por mim).

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Como o palhaço


Recuso convites. Tudo pela minha teimosia em querer parecer seletivo, difícil, antissocial e desapegado. Digo não, a princípio. Nem sempre, mas quase. Digo sim, às vezes, para surpreender.

Quando sou um não, é cheio de segundas intenções. Para que não me esperem, e eu chegue hora qualquer, quando já desacreditado. Para que me esperem, sabendo que chegaria, e eu nunca apareça.

Meus nãos, às vezes, têm gosto de arrependimento. Não remorso. Sutil arrependimento. Muitas vezes porque eu canso de repetir esse truque já batido — e rio sozinho dele, quando o picadeiro volta a ser a casa da solidão. Como o palhaço que esguicha água de sua flor de plástico cravada na lapela. Mas, para ele, a brincadeira ainda funciona.
(... da gaveta)