domingo, 20 de junho de 2010

Viagem ao interior de si mesmo


"Onde vivem os monstros", com sua simplicidade extrema, é um dos filmes mais belos que assisti nos últimos tempos. Apesar de apelar para o irreal como forma de representar os tormentos que povoam a cabeça do garoto Max, a película é absurdamente humana. Pode ser infantil, com seus engraçados monstros, e pode ser profundamente adulta, o que me fez lembrar, inevitavelmente, o "Pequeno Príncipe".

Não trato aqui de fazer uma crítica ao filme, tampouco apresentá-lo como a "dica da semana". Não: assistam se assim o desejarem.

Apesar de explorar um tema bastante delicado - os conflitos interiores de um menino -, o faz de uma forma bonita. Não defendo a tese de que filmes, livros e qualquer outro tipo de arte tenha necessariamente que trazer, disfarçado em seu conteúdo, alguma mensagem ou ensinamento. Muitos dizem apenas o que realmente querem dizer e pronto. Mas, nesse caso, fica um sentimento de "vale a pena olhar para o lado de dentro". Ou, pelo menos, vale a pena tentar. É lá, às vezes, que está escondido o que insistimos cegamente em procurar aqui fora.

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