O corpo
expandir.
A pele, contudo, aprisiona os sentidos.
Faz do corpo jaula,
animais que somos.
Não lutem, porém. Não lutem.
Deixem que cheguem os anos,
a podridão da carne,
os vermes, enfim.
Não se apeguem ao corpo.
Não se apeguem
ao corpo.
O corpo — casca, projeto efêmero,
é substância volátil. Passará.
Da alma pouco sei,
sequer que exista: respiram as coisas,
pessoas,
e isto parece bastar.
Mas não se apeguem ao corpo.
O corpo é menos,
pouco.
Ilustração: Patrícia Galelli
Ilustração: Patrícia Galelli
Saudades do "A insanidade"...
ResponderExcluirÔ, meu rei, publica um poema por vez. Fica melhor pra acompanhar seu processo...
ResponderExcluirFeito o brique, Cedenir! Reformulei as postagens, o que gera uma (interessante) distorção temporal, porque agora seu comentário ocorreu antes da publicação...
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